2 anos de Quantum e a Internet

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Há exatamente 2 anos fundei a Quantum. Naquela época pouca coisa se falava sobre a Internet. O plano Real estava no seu começo (tanto que meus primeiros assinantes, em Abril de 94. fizeram suas assinaturas pelo valor de 60 URV””s – valor até hoje mantido para as renovações).

Muita coisa mudou daqueles tempos para cá, principalmente por causa da estabilização. Muitas empresas, por falta de previsão, tiveram problemas sérios e foram obrigadas a pedir concordata ou fechar.

Houve muita gritaria contra os importados, principalmente de setores ineficientes que ganharam rios de dinheiro com o protecionismo – setores que foram os primeiros a “dançar” com a derrubada de proteções alfandegárias.

É um mundo novo para muita gente, principalmente com mais de 40 anos, que se acostumou a resolver as coisas no famoso “jeitinho”; para quem a palavra “competição” era usada em reuniões e entrevistas com a imprensa como sinônimo de “hombridade” (e na hora da verdade era aquela gritaria e choradeira); enfim, a época dos cartórios e de tudo o que a palavra cartorial pode lhe trazer à lembrança.

Felizmente as coisas estão mudando. Como diz Celso Skrabe nas páginas seguintes: “a competição é a melhor água sanitária”. Alguém ainda se lembra da Cobra (Computadores Brasileiros)? Pois os imbecis que por anos a fio atrasaram todo um país em nome da “soberania nacional” agora deveriam ser obrigados (e seus familiares também, para completar o castigo) a usar computadores brasileiros nos seus trabalhos (e talvez um chapéu de burro para completar o figurino). Esse tipo de atitude infeliz, que atrapalha todo uma nação em benefício de uma minoria, deveria ser lembrado eternamente. Seus autores deveriam ter suas fotos publicadas de vez em quando, para que não nos esqueçamos das barbaridades come- tidas em nome da defesa da “coisa pública”. Muito obrigado, mas somos bastante crescidinhos e sabemos nos defender.

Voltando à Internet, que por causa de todo o “imbroglio” da Cobra, etc., demorou mais de uma década para chegar aqui: convidado gentilmente pelo grupo Catho, assisti recentemente à excelente palestra do professor James R. Taylor sobre o impacto financeiro na empresa com a fidelização de clientes. (Matéria a ser publicada num dos próximos TV).

Mas nem só de fidelização falou o professor. Ele contou também sobre uma convenção de vendas dos revendedores Ford que assistiu nos EUA. Na convenção, o presidente e CEO da Ford anunciou, na frente de todos, que a empresa estava inaugurando sua home page na Internet, e que ia passar a vender diretamente carros aos consumidores. Citando-o textualmente: “Os nossos vendedores vão ter que mudar. Por bem ou por mal. Se não mudarem por vontade própria nós, da Ford, vamos obrigá-los a mudar”.

São palavras duras, que provocaram muito alvoroço. Mas é a verdade. A Internet está provocando uma revolução na maneira de agir e pensar. Ela não deixará pedra sobre pedra. Sem exagerar, poderemos falar em AI e DI (antes e depois da Internet).

Se você assina alguma revista estrangeira, principalmente das áreas de Economia, Negócios e Marketing, com certeza vai ter notado a enxurrada de matérias nesta área. Acontece que a Internet permite a todos, grandes e pequenos, a tão propalada globalização. Ninguém é pequeno na Internet e, como ela está bem no começo, pode-se competir de igual para igual com gigantes multinacionais.

Mas ai vem a parte ruim da história. Recentemente fizemos uma pesquisa, aqui na própria revista, e perguntamos se nossos assinantes já estavam “plugados” na Internet. Embora ainda estejam chegando respostas (e se você ainda não mandou a sua, por favor mande) – NINGUÉM está na Internet. NINGUÉM! A Internet, como eu já disse, vai mudar a vida das pessoas e, por conseqüência, das empresas também. Já está mais do que na hora de você começar a pelo menos testar o conceito de vender pela Internet. Porque aqui não vai ter gritaria, e nem protecionismo. Como editor desta revista, meu papel também é o de alertar para tendências, coisas que virão. E a Internet vem aí. Não perca o bonde da história – conecte-se hoje mesmo a um servidor, passe algumas horas brincando, visite alguns sites nos EUA e aprenda. Depois pense como isso pode se aplicar à sua empresa – afinal, em alguns mundo, neste exato instante , tem um competidor seu fazendo exatamente isso.

Raúl Candeloro
Editor

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